TÉCNICAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
(semestral)
(semestral)
O que vamos abordar?
AULA
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TEMAS
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1
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O
processo comunicacional: elementos da comunicação.
A
comunicação verbal.
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2
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O
processo de comunicação verbal e não verbal.
Barreiras
ao processo comunicacional.
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3
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O processo comunicacional: pitch
individual (elaboração e apresentação)
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4
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Estilos
de comunicação interpessoal: A importância da assertividade no relacionamento
interpessoal e no processo comunicacional.
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5
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Atitudes
facilitadoras da comunicação.
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6
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Técnicas
de comunicação em turismo: persuasão e argumentação. O que favorece uma boa
argumentação? Análise de um vídeo.
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7
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A
comunicação nas relações interpessoais no turismo: a formação das primeiras
impressões.
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8
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A
comunicação interpessoal entre os vários intervenientes do turismo: a
diversidade cultural.
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9
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Atendimento
e comunicação: abordagem geral.
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10
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O
processo de atendimento: fases do processo de atendimento. Cuidados no
atendimento presencial e telefónico.
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11
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A
comunicação entre os vários intervenientes no turismo: a negociação e a
gestão de reclamações.
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1 - O processo comunicacional: elementos da comunicação.
A comunicação verbal.
O que é a comunicação?
A comunicação está associada à linguagem e
interação, de forma que representa a transmissão de mensagens entre um emissor
e um receptor.
Derivada do latim, o termo comunicação
(“communicare”) significa “partilhar, participar de algo, tornar comum”,
sendo, portanto, um elemento essencial da interação social humana.
Qual a importância da comunicação?
O ato de comunicar-se é essencial tanto para os seres humanos e os animais, uma vez que através da comunicação partilhamos informações e adquirimos conhecimentos.
Note que somos seres sociais e culturais. Ou seja, vivemos em sociedade e criamos culturas as quais são construídas através do conjunto de conhecimentos que adquirimos por meio da linguagem, explorada nos atos de comunicação.
Os elementos que compõem a comunicação são:
·
Emissor: chamado também de locutor ou falante, o emissor é aquele que emite a
mensagem para um ou mais receptores, por exemplo, uma pessoa, um grupo de
indivíduos, uma empresa, dentre outros.
·
Receptor: denominado de interlocutor ou ouvinte, o receptor é quem recebe a
mensagem emitida pelo emissor.
·
Mensagem: é o objeto utilizado na comunicação, de forma que representa o conteúdo,
o conjunto de informações transmitidas pelo locutor.
·
Código: representa o conjunto de signos que serão utilizados na mensagem.
·
Canal
de Comunicação: corresponde ao local (meio) onde a
mensagem será transmitida, por exemplo, jornal, livro, revista, televisão,
telefone, dentre outros.
·
Contexto: também chamado de referente, trata-se da situação comunicativa em que
estão inseridos o emissor e receptor.
·
Ruído
na Comunicação: ele ocorre quando a mensagem não é
decodificada de forma correta pelo interlocutor, por exemplo, o código
utilizado pelo locutor, desconhecido pelo interlocutor; barulho do local; voz
baixa; dentre outros.
A comunicação somente será efetivada se
o receptor decodificar a mensagem transmitida pelo emissor.
Em outras palavras, a comunicação ocorre
a partir do momento que o interlocutor atinge o entendimento da mensagem
transmitida.
Nesse caso, podemos pensar em duas
pessoas de países diferentes e que não conhecem a língua utilizada por elas
(russo e mandarim).
Sendo assim, o código utilizado por elas
é desconhecido e, portanto, a mensagem não será inteligível para ambas,
impossibilitando o processo comunicacional.
2 - O processo de comunicação
verbal e não verbal.
Quando pensamos nos seres humanos e nos animais, fica claro que algo essencial nos distingue deles: a linguagem verbal.
A criação da linguagem verbal entre os seres humanos foi essencial para o desenvolvimento das sociedades, bem como para a criação de culturas.
Os animais, por sua vez, agem por extinto e não pelas mensagens verbais que são transmitidas durante a vida. Isso porque eles não desenvolveram uma língua (código) e por isso, não criaram uma cultura.
Existem duas
modalidades básicas de linguagem, ou seja, a linguagem verbal e a linguagem não
verbal - designam-se tipos de linguagem.
De acordo com a mensagem transmitida a comunicação é classificada de duas maneiras:
· Comunicação verbal: uso da palavra, por exemplo na linguagem oral ou escrita.
· Comunicação não verbal: não utiliza a palavra, por exemplo, a comunicação corporal, gestual, de sinais, dentre outras.
A primeira é desenvolvida pela linguagem
escrita ou oral, enquanto a outra pode ocorrer por meio de gestos, desenhos,
fotografias, dentre outros.
Meios de Comunicação
Os meios de comunicação representam um
conjunto de veículos destinados à comunicação, e, portanto, se aproximam do
chamado “Canal de Comunicação”.
Eles são classificados em dois tipos:
individual ou de massa (comunicação social). Ambos são muito importantes para
difusão de conhecimento entre os seres humanos na atualidade, por exemplo: a
televisão, o rádio, a internet, o cinema, o telefone, dentre outros.
4 - Estilos de Comunicação Interpessoal
A assertividade
Comunicação Interpessoal
• Comunicar
• Factos e suposições
• Estar em relação
• Espaço pessoal
• A emoção dos limites
• Ressentimento e apreço
• Empatia e escuta empática
• Estilos de
comunicação
Assertividade
• Dificuldades
• Como?
• Em discussões
• Figuras de
autoridade
• Conflito
• Resolução de conflitos
O que é Comunicar?
• Tornar comum
• Estar em relação
O que significa estar em relação?
• Observar o que
existe
• Distinguir entre o
que existe e o que desejamos
• Procurar ver o
ponto de vista do outro
• Mesmo que não
concordemos com ele
• Ver o outro como um
ser humano
• Com sentimentos,
valores e necessidades tão válidos como os nossos
A EMOÇÃO DOS LIMITES
Raiva • No momento presente • Proporcional
à “invasão” • Extingue-se no momento em que o limite é reposto
Ressentimento: raiva não expressada
• Refere-se a acontecimentos passados • Tende a “crescer” com o tempo • Pode
surgir de uma forma explosiva
O QUE É O APREÇO?
• Frequentemente
supomos (imaginamos) que o outro sabe quando o apreciamos
• No entanto, muitas
vezes não expressamos a nossa aprovação directamente
• Mesmo quando
sabemos que somos apreciados, gostamos de o ouvir de vez em quando… • “Eu
aprecio…”, “Eu gosto…”, “Sinto-me bem quando
O que é a empatia?
• Capacidade para
captar o mundo particular do outro, como se fosse o seu próprio mundo • Sem
nunca esquecer este “como se”
• Vários níveis:
Emocional •
Compreender e partilhar os sentimentos do outro •
Cognitivo •
Compreender perspectivas e pontos de vista alheios
Relacional • Capacidade para transmitir ao
outro, de forma verbal e não verbal, a compreensão dos seus sentimentos e
ideias
O que é a escuta empática?
• Dê ao outro toda a
sua atenção
• Não julgue,
critique, corrija nem tire conclusões…
• Observe o outro
• Que emoções parecem
estar presentes?
• Verifique se está a
compreender • Faça perguntas esclarecedoras e diga pelas suas próprias palavras
o que lhe parece que o outro está a dizer
• “Imagino que te
sentiste…”, “Se estou a perceber o que dizes…”
• Fique calado
• Frequentemente,
depois de ter desabafado, o outro ficará em silêncio… e acabará por chegar à
sua própria solução
Que estilos de comunicação?
ESTILO
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LIMITES
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CONSEQUENCIA RELACIONAL
|
Passivo
|
O outro invade os
meus limites e eu não reajo
|
Ressentimento
|
Agressivo
|
Invado os limites
do outro (explícito)
|
Medo /
Ressentimento
|
Manipulador
|
Invado os limites
do outro (não explícito)
|
Perda de confiança
/ Ressentimento
|
Assertivo
|
Não há invasão de
limites
|
Confiança /
Respeito mútuo
|
O que é a ASSERTIVIDADE?
Proteger os meus próprios limites e Respeitar
os limites do outro
ASSERTIVIDADE: DIFICULDADES
• Imagino que as pessoas não gostarão de mim
• Como sei que não
gostarão de mim?
• Como vou viver a
minha vida, a tentar agradar a toda a gente?
• Se continuar a pôr
as necessidades dos outros à frente das minhas, vou ficar a sentir cada vez
mais ressentimento
• Imagino que as pessoas vão retaliar /
criticar-me / abandonar-me
• Pode acontecer… ou
pode não acontecer…
• As pessoas que
gostam de mim provavelmente não o farão
• Se alguém
importante para mim não consegue tolerar feedback claro, poderei ter que
reavaliar se esta é uma relação saudável para mim
•
Imagino que vou ferir os sentimentos dos outros
• O que estou a fazer
é a colocar limites
• Se me expressar
claramente sobre o que sinto e as minhas necessidades, é menos provável que
magoe os outros
• Se eu fôr
respeitador e adequado e o outro ficar magoado, esse problema é dele, não meu
(responsabilidade pessoal)
•
Imagino que vou perder o controlo e explodir
• É mais provável que
isto aconteça se eu não me expressar
• Quanto mais ressentido me sentir mais
provável será que “perca o controlo”
•
Imagino que as minhas necessidades e sentimentos não são importantes
• Todos os seres
humanos têm o direito de expressar o que estão a sentir e de solicitar aos
outros que respeitem as suas necessidades (Direitos Assertivos)
•
Imagino que não tenho o direito de me queixar
• Receber e dar
feedback: necessidade fundamental para a melhoria da comunicação em qualquer
relação
• Imagino que me vai dar demasiado trabalho
• Posso expressar as minhas necessidades e
colocar limites (não preciso de ficar muito tempo à volta do assunto)
• Ser claro vai
poupar-me muitas dificuldades e problemas a médio / longo prazo
Como estabelecer uma comunicação
assertiva?
• Descrever o que acontece:
“Quando tu…”
• Comportamento observável, domínio do “óbvio”
• Descrever o impacto em mim: “Eu
sinto…”
• Informação não
disponível ao outro, domínio do “óbvio”
• Propôr mudança:
“Gostaria que tu…” • Outro comportamento observável, domínio do “óbvio”
• Que me agradaria mais: informação não
disponível ao outro, domínio do “óbvio”
•
Consequências: “O que eu farei se voltar a
acontecer…” • Informação (ainda) não disponível ao outro, domínio do “óbvio”
•
Benefícios da mudança: “Sentir-me-ei… ” • Informação
não disponível ao outro, domínio do “óbvio”
COMO GERIR A ASSERTIVIDADE NAS
DISCUSSÕES?
•
Técnica do disco partido
• Repetir o nosso
ponto de vista / resposta, com tranquilidade, sem entrar em discussão nem
responder a provocações: • “Tinha de acabar um trabalho e não tinha outra
hora.”
• Técnica do adiamento assertivo
• Para quando não
temos a resposta naquele momento ou nos sentimos confundidos e / ou sem
conseguir pensar com clareza:
• “Ouve, este é um
assunto difícil. Se achares bem, não falamos disso agora, que tenho trabalho, e
amanhã conversamos com calma, está bem?”
•
Técnica para processar a mudança
• Focar a atenção no
processo, em vez de no conteúdo: • “Estamos a desviar-nos do assunto.” •
“Estamos os dois cansados. Talvez esta discussão não tenha tanta importância
como lhe estamos a dar, não achas?”
•
Técnica do acordo assertivo
• Reconhecemos que a
outra pessoa tem razão para estar aborrecida, mesmo quando não gostamos da
forma como está a falar connosco: • “Tens razão, chegámos tarde por minha
culpa. Mas sabes que normalmente não costumo ser atrasado.”
•
Técnica da pergunta assertiva
• Pedir à pessoa mais
informação sobre os seus argumentos, para percebermos melhor aquilo a que ela
se está a referir:
• “Que te incomoda
exactamente no meu comportamento?”
• “Que sugeres que eu
mude, de forma a que não volte a acontecer?”
• A decisão de mudar
ou não o nosso comportamento continua a ser nossa:
• “Acho que percebi.
Vou pensar nisso.”
ASSERTIVIDADE: FIGURAS DE AUTORIDADE
• Cuidados especiais:
• Respeitar a
“posição de autoridade” do outro
• Pedir para falar em
privado
• Expressar o próprio
ponto de vista
• Não partir do
princípio que se sabe melhor do que o outro
• Garantir que não se
disse nada desrespeitoso ou desadequado
O que é um conflito organizacional?
• Dificuldade para
gerir a diferença de forma eficaz
• É a diferença entre
mim e o outro que torna possível a aprendizagem
• As diferenças podem
parecer-nos perigosas mas são plenas de vitalidade
• É necessário
resolver o conflito
• Num ambiente de
respeito mútuo
• Se necessário,
combinar outro momento para continuar
• O objectivo é
preservar a relação e resolver o conflito
Como proceder para a resolução de
conflitos?
•
A “valsa” de ganhar-ganhar
• Expressar as
posições iniciais
• Explorar as
preocupações / interesses subjacentes
• Recolher informação
detalhada e específica estimula novas ideias para soluções
• Requer tempo e
energia emocional
•
Criação de um plano de acção mutuamente satisfatório
• Conjunto de
soluções
• Que responda a todas as preocupações de
ambas as partes
COMUNICAÇÃO E LIMITES: que relação?
“A
comunicação gera comunidade: compreensão, intimidade e apreço mútuo.”
“O
caminho para limites bem colocados é um processo natural que começa quando nos
damos valor e que evolui à medida que damos passos no sentido de sermos donos
da nossa vida e de nos protegermos”.
Tirado DAQUI
5 - Atitudes facilitadoras da
Comunicação
. Empatia
. Capacidade de Adaptação
. Auto-Controlo
. Tolerância à frustração
. Força de vontade
. Energia
. Sociabilidade
6 - Técnicas de comunicação: a persuasão
6 - Argumentação e Persuasão
O que é ser
persuasivo?
·
uma pessoa persuasiva é aquela capaz de induzir,
mover ou obrigar alguém com argumentos a crer ou a fazer algo.
·
a capacidade de persuadir no âmbito empresarial é uma
das técnicas de comunicação que os diretores devem dominar
·
Motivar os empregados para que desenvolvam as suas
funções de forma óptima, convencer os acionistas para o arranque de um novo
projecto, induzir os clientes a que apostem na companhia ou conseguir que os
fornecedores melhorem as suas condições de colaboração são alguns dos cenários
nos quais a persuasão se converte nuna arma determinante para o êxito.
Características da
persuasão
Embora haja pessoas que dominam a persuasão de
forma inata, esta habilidade de negociação, como outras técnicas de
comunicação, pode ser desenvolvida.
Para ser persuasivo, os profissionais devem reunir as
seguintes características:
- Dar confiança ao
interlocutor. Hesitar, contradizer se ou ser incoerente
entre o comportamento e as palavras são algumas más práticas na hora de
induzir alguém a fazer algo. Necessitamos mostrar que somos pessoas nas
quais se pode confiar e, se bem que não seja fácil –especialmente naquelas
situações em que acabamos de conhecer o ouvinte-, devemos desenvolver
habilidades que potenciem esta característica. Após a negociação, é
importantíssimo manter os términos acordados, se não queremos destruir a
relação de confiança criada.
- Possuir o maior
conhecimento possível. Quando estamos a
conversar, por exemplo, com um cliente, é habitual que surjam dúvidas e
questões, pelo que conhecer toda a informação sobre o assunto é crucial
para poder convencer a outra pessoa.
- Escutar. Grande parte da arte da persuasão reside na
capacidade de escutar ativamente a outra pessoa e descobrir as suas
necessidades e inquietudes para poder reconduzir a negociação em cada
situação.
- Ser empáticos. Em relação ao ponto anterior, também
devemos fazer ver ao interlocutor que compreendemos o seu ponto de vista e
o valorizamos, embora isto não signifique submeter-se a todos os seus
pedidos, mas procurar um ponto de encontro em que ambas as partes saiam a
ganhar.
- Cuidar de todos os
canais comunicativos. Tanto esmero devemos
pôr no que dizemos, como em como o dizemos: o nosso tom de voz, os
movimentos, a nossa aparência, o cenário ou o canal elegido… influenciam
também na capacidade de persuasão. Imagine que tem uma reunião com um
investidor chinês para fechar um acordo e, para agradá-lo, lhe oferece uma
cesta de fruta, que eles associam com pobreza, ou algum presente na
cor verde, o que representa na sua cultura que alguém da sua família
cometeu adultério.
Os sete controladores da
conduta
Como forma de interação humana, a persuasão
está estreitamente relacionada com a sensação de filiação a um grupo
social. Como mostrou Henry Taifel num estudo, as pessoas tendem a unir se e
a relacionarem se com aqueles indivíduos com os quais têm algum ponto em comum,
por mínimo que seja.
Durante a sua investigação, o psicólogo britânico
pediu a um grupo de crianças que se acabaram de conhecer que se repartissem em
dois grupos e o resultado foi que se uniram os que estavam mais próximo. Apesar
da razão tão casual, os grupos demonstraram uma forte tendência a
discriminar o outro em favor próprio e a desenvolver umas pautas de
comportamento internas uniformes,
Neste sentido, o orador motivacional Philip Hesketh
aconselha que, para ser persuasivo e liderar uma equipa, primeiro há
que integrar-se num grupo e gozar da confiança dos demais.
Como podemos consegui-lo?
O autor, na sua obra Persuade. Using the seven drivers of
motivation to master influence and persuasión,
desvenda os factores psicológicos que motivam os demais a
crer e a seguir a outra pessoa, o que pode ser utilizado na hora de
persuadir os indivíduos:
1.
Sentir-se queridos. Todas
as pessoas necessitam saber que se preocupam por elas. Daí que, por exemplo,
para a toma de decisão sobre a aquisição de uma vivenda, seja mais persuasiva a
mãe do interessado que o agente imobiliário.
2.
Desempenhar um papel. Ser
parte importante do projeto em questão, sentir que a sua participação tem um
propósito, também influencia na motivação à ação dos seres humanos. Assim, um
líder que convença um empregado sobre o efeito positivo do seu trabalho na
empresa será más eficaz que aquele que se limite a ditar lhe as instruções que
deve seguir.
3.
Formar parte do
grupo. O sentimento de filiação é outro dos
controladores da conduta das pessoas.
4.
Crer.
Compartilhar o propósito é importante para apostar num projeto e crer no seu
êxito facilita a sua consecução. Como disse Jean Cocteau: “Eles conseguiram porque não sabiam que era
impossível”.
5.
Viver novas
experiências. O ser humano demanda novas sensações, um pouco de adrenalina
que dilua em parte a monotonia do dia a dia, pelo que a aparição de certa
incerteza sobre o futuro também dispara a motivação das pessoas. Esta maior ou
menor necessidade de mudança é um factor a ter em conta na hora de persuadir o
ouvinte.
6.
Ter um “sítio”. As
pessoas querem contar com um lugar em que se sintam seguras e cómodas, que
aporte estabilidade às suas vidas e que lhes dê um propósito.
7.
Evoluir. A
maioria dos cidadãos crêem que serão mais felizes no futuro do que na
atualidade, segundo um estudo realizado por Daniel Gilbert para Harvard. A melhoria contínua está associada
ao comportamento humano e se converte num interessante ponto para a persuasão.
Técnicas de comunicação
persuasiva
Conhecidos os detonantes que impulsionam as pessoas a
juntarem se a uma proposta e as características que deve ter um líder
persuasivo, abordamos a seguir algumas técnicas de comunicação
persuasiva concretas.
Para isso, remontamos a Aristóteles, que estabeleceu
na sua obra Retórica os três
pilares nos quais se pode apoiar a persuasão:
- Logos: os argumentos. Trata-se de utilizar argumentos
lógicos e provas, apelando à razão e à inteligência da audiência.
Estatísticas, dados, estudos científicos… são alguns dos recursos
associados a este tipo de comunicação persuasiva. Por exemplo, para buscar
apoios para um projeto meio ambiental, o diretor oferece informação
confiável e sólida sobre a mudança climática e conclusões de
investigadores sobre o impacto destas iniciativas na reputação e
benefícios da companhia.
- Ethos: a
credibilidade. São as técnicas de
comunicação persuasiva que se baseiam na honestidade e posição do emissor
na relação com a audiência. Seguindo com o anterior exemplo, poderia
contar se com alguma eminência no desenvolvimento sustentável que
obriga os stakeholders a apoiar o projeto ambiental.
- Pathos: as emoções. Neste caso, o discurso apela directamente
ao âmbito afectivo e sentimental do receptor. Mostrar imagens com a
evolução da superfície arbórea ou com a diminuição da qualidade de vida
das pessoas ou frases do tipo “Que tipo de mundo quer deixar aos seus
filhos”, seria uma persuasão deste tipo.
Contudo, não se trata de técnicas de
comunicação independentes, mas complementares. Um grande líder
aplicará no seu discurso as três opções, fazendo ênfase em uma ou outra
dependendo das circunstâncias do interlocutor (daí a importância da escuta ativa) e construindo
paulatinamente uma argumentação integral com a qual consiga o consentimento da
outra.
“Uma das melhores maneiras de persuadir os demais
é escutá-los”.
Dean Rusk
"A eficácia de um discurso persuasivo não basta para garantir o seu valor. Como a eficácia é função do auditório, a melhor argumentação é aquela que poderia convencer o auditório mais exigente, o mais crítico, o melhor informado, como o que é constituído pelos deuses, ou pela razão divina."
Ch. Perelman
Lógica formal e lógica informal
O que favorece uma boa argumentação?
Boa expressão...
Boa expressão...
Linguagem eficaz (como se diz)
Adaptação ao auditório (efeito no outro)
Conhecimento prévio do auditório
Exclui relação de poder, de força e de violência
Exige tolerância, abertura e respeito mútuo
Frases curtas
Palavras chave
Simplicidade da sintaxe
Repetição de palavras chave ( yes, we can - Obama)
Apelo à afectividade do auditório:" um mundo melhor para os nossos filhos"
Argumentos bem articulados
Clareza na exposição, discurso.
O que dificulta uma boa argumentação?
- Desconhecimento do auditório
- Discursos longos
- Raciocínios complicados
- Vocabulário inacessível
Lola
6 - Argumentação, Persuasão e Turismo:
Que relação?
Que relação?
Aristóteles e Platão, na Grécia antiga, reflectiram os poderes da argumentação e da persuasão. Persuasão é uma estratégia de comunicação que tem como objectivo fazer alguém aceitar o nosso ponto de vista.
Em termos de turismo a persuasão é uma
estratégia perfeita para que atingir determinados objectivos de uma organização.
De
acordo com Jeremy Smith, em “Técnicas de Persuasão”, existem três formas de
fazer essa mudança no site de uma organização.
São elas:
Primeira
– Gerar confiança. As pessoas precisam confiar em seu site, no seu conteúdo, na
sua legitimidade. Ele deve mostrar, antes de tudo que as pessoas podem confiar
em seus serviços, que eles são feitos e liderados por pessoas que sabem o que
fazem e tem experiência no ramo.
Segunda
– Criar uma envolvência Emocional. As pessoas precisam experimentar uma conexão emocional com o
site – aí entra a questão da experiência de navegação, para fazer com que o
usuário entre e deseje comprar suas ofertas e pacotes.
Terceira
– Gerar atitudes de convencimento. É preciso não só que seu site seja amigável e fácil de
navegar – você precisa convencer através de depoimentos de quem já usou os seus
serviços, fotos de quem recomenda sua empresa de turismo, etc, para que
as pessoas se convençam que a organização é excelente.
Assim, deverá apostar-se numa linguagem /discurso (Logos)
assertiva,
positiva
atrativa
motivadora
esclarecedora
Pathos:
As pessoas são movidas por emoções, por apelos emocionais – foque na experiência de viagem, no sentimento que ela pode proporcionar ao viajante. Mais do que somente emocionar, histórias servem também para mostrar que sua empresa é capaz de proporcionar momentos incríveis ao seu cliente, aproximando o cliente da sua empresa e “humanizando” – fazendo com que ele se sinta à vontade em fazer negócios com você.
ETHOS
Liberdade e Credibilidade
- As pessoas gostam de comprar, mas quando percebem que estão às pessoas, deve deixar-se transparecer que ela é livre para decidir.
- foque -se nos atributos, suas vantagens, seus apelos emocionais e deixe que ele faça a melhor escolha, deixe claro que a escolha é dela.
Lola
7 - Processos Fundamentais da
Cognição Social: As impressões
Grande parte da nossa vida desenrola-se e organiza-se no contexto de
instituições sociais que orientam o nosso comportamento. Para além disso, a
maior parte das interacções sociais são orientadas por factores de origem
cognitiva que organizam a forma como entendemos as situações. Os indivíduos não
reagem às situações, mas sim às interpretações subjectivas das mesmas.
Cognição Social – conjunto de processos que estão subjacentes ao modo como
encaramos os outros, a nós próprios e à forma como interagimos. A cognição
social refere-se ao papel desempenhado por factores cognitivos no nosso
comportamento social, procurando conhecer o modo como os nossos pensamentos são
afectados e condicionados pelo contexto social imediato e a forma de afectarem
o nosso comportamento como membros de uma sociedade.
Processos de cognição social:
. Impressões;
. Expectativas;
. Atitudes;
. Representações sociais.
O que são as Impressões?
No primeiro contacto que temos com alguém que não conhecemos, construímos
uma imagem, uma ideia sobre essa pessoa, seleccionando alguns aspectos que
consideramos mais significativos, ou que realçamos mais tendo em conta a nossa
observação: “Tenho a impressão que ela é uma pessoa orgulhosa”. A produção da
impressão é mútua, na medida em que o outro também produz uma impressão sobre
mim; por outro lado, a minha impressão afecta o meu comportamento para com o
outro e, portanto, o seu comportamento para comigo, baseando-nos e partindo do
princípio de que as características que denotamos nessa impressão são reais na
pessoa.
Somos condicionados por este primeiro encontro e, se mais tarde algumas das
características que atribuímos são diferentes, temos tendência a ignorá-las,
mantendo a impressão que ficou no primeiro encontro. A formação de impressões
é, portanto, o processo pelo qual se organiza a informação acerca de outra
pessoa de modo a integrá-la numa categoria significativa.
Impressão e Categorização
Não é possível armazenar toda a informação referente aos às pessoas
com quem contactamos, pois o relacionamento está ou pode estar em constante
evolução. Assim sendo, reagrupamo-los em diferentes classes a partir que
consideramos serem as suas diferenças e semelhanças – categorização.
Subjacente à impressão está, então, a categorização. No caso das
impressões, classificamos a pessoa em categorias a partir dos contactos que
temos com a mesma, em que recolhemos informação proveniente de encontros
ou de informação fornecidas por outras pessoas. Esta ideia global com que
ficamos vai orientar o nosso comportamento, porque nos fornece um esboço
psicológico da pessoa em questão.
Podemos dizer que incluímos a pessoa uma determinada categoria que
contempla três tipos de avaliação:
. Afectiva – gostamos ou não da
pessoa;
. Moral – consideramos a pessoa boa
ou má;
. Instrumental – se é competente ou
incompetente.
A forma simplificada como classificamos a pessoa permite comportarmo-nos de
forma segura na relação interpessoal. Ao desenvolvermos expectativas sobre o
comportamento dos outros através das impressões que formamos, isso possibilita-nos
planear as nossas acções, o que nos permite agir de forma conveniente
socialmente.
Como se formam as Impressões?
Na base da formação das impressões está a interpretação, isto é, nós
percepcionamos o outro a partir de uma grelha de avaliação que remete para os
nossos conhecimentos, valores e experiências pessoais:
. Indícios Físicos – remetem para
características como o facto de a pessoa ser alta/baixa, magra/gorda, que podem
remeter para determinado tipo de personalidade;
. Indícios Verbais – o modo como a
pessoa fala surge como um indicador, por exemplo, de instrução;
. Indícios não Verbais – estes
indícios remetem para elementos, sinais, que interpretamos como indicadores: o
modo como se veste, como gesticula enquanto fala, são elementos que nos levam a
inferir determinadas características;
. Indícios Comportamentais – é o
conjunto de comportamentos que se observam na pessoa e que nos permitem
classificá-la. O modo como os comportamentos são interpretados varia de pessoa
para pessoa e remetem para as experiências passadas, para as necessidades
daquele que os interpreta. Daí que um mesmo comportamento possa ter
significados diferentes para indivíduos diferentes.
A partir destes indícios, formamos uma impressão global de uma pessoa, a
quem atribuímos uma categoria socioeconómica e cultural, um determinado
estatuto social. De notar que um mesmo conjunto indícios pode conduzir a
diferentes interpretações.
Teoria Implícita da Personalidade – ideia geral que formamos sobre uma
pessoa.
Qual o efeito das primeiras Impressões?
A complexidade da formação das impressões decorre do seu carácter e da
multiplicidade de factores intervenientes. Solomon Asch conduziu uma
investigação em que apresentou a diversos sujeitos uma lista de características
de uma pessoa. Em seguida, pediu-lhes que manifestassem a sua opinião acerca
das pessoas e, apesar de as características serem as mesmas, avaliaram mais
positivamente uma delas porque tinha as características positivas em primeiro
lugar.
Concluiu-se que a primeira informação é a que tem maior influência sobres
as nossas impressões. Portanto, a ordem com que conhecemos as características
de uma pessoa não é indiferente para a formação de impressões sobre ela.
Estes estudos são importantes porque uma das primeiras impressões é a sua
persistência, uma vez que mesmo que recebamos informações que contradizem a
nossa impressão inicial, temos dificuldade em alterar as nossas convicções –
rejeição a integrar informações.
na sua formação: as pessoas mais felizes criam impressões mais positivas
que as que estão, normalmente, de mau humor.
8 - Turismo e diversidade cultural
Antes de mais...
1. O QUE É A CULTURA?
· Cultura
é o conjunto de manifestações humanas
que contrastam com a natureza ou comportamento natural.
· Dentro
do contexto da filosofia, a cultura é um
conjunto de respostas para melhor satisfazer as necessidades e os desejos
humanos.
· Cultura
é informação, isto é, um conjunto de
conhecimentos teóricos e práticos que se aprende e transmite aos
contemporâneos e aos vindouros.
· A
cultura é o resultado dos modos como os diversos grupos humanos foram resolvendo os seus problemas ao
longo da história.
· Cultura
é criação. O homem não só recebe a cultura dos seus antepassados como também cria elementos que a renovam.
· A
cultura é um factor de humanização. O
homem só se torna homem porque vive no seio de um grupo cultural.
· A
cultura é um sistema de símbolos
compartilhados com que se interpreta a realidade e que conferem sentido à vida
dos seres humanos.
Assim, poderemos afirmar que....
Ø A cultura é criação humana: recebe-se por tradição mas vai-se renovando
com a integração de novos elementos
Ø A cultura é informação: conjunto de conhecimentos teóricos (ciência) e
práticos (boa educação)
Ø A cultura é um factor de humanização: o homem é criador e produto de uma cultura que
o faz.
Ø A cultura é
aquisição e partilha de símbolos
e rituais que possibilitam uma interpretação da realidade e a
sensação de pertença a um grupo. Exemplo: os rituais do casamento, de funeral,
a língua, forma de vestir.
2. O QUE
É A DIVERSIDADE CULTURAL?
· Diversidade cultural é um conceito que
diz respeito a um conjunto de aspectos que representam particularmente as diferentes
culturas tais como a linguagem, as tradições, a culinária, a
religião, os costumes, o modelo de organização familiar, a política, entre
outras características próprias de um grupo de seres humanos que habitam um
determinado território.
· A diversidade cultural é um conceito
criado para compreender os processos de diferenciação entre as várias culturas
que existem ao redor do mundo.
· Cada cultura possui uma identidade cultural - uma "marca" que personaliza e
diferencia os membros de determinado espaço dos restantes.
· A diversidade significa pluralidade, variedade e diferenciação,
conceito que é considerado o oposto total da homogeneidade.
· Atualmente, devido ao processo de
colonização e miscigenação cultural entre a maioria das nações do planeta,
quase todos os países possuem a sua diversidade cultural, ou seja, várias culturas
diferentes.
· Segundo alguns, a globalização é um perigo
para a preservação da diversidade cultural, pois podeanular costumes
tradicionais e típicos de cada sociedade, dando lugar à características globais
e "impessoais".
· Com o intuito de tentar preservar a
riqueza da diversidade cultural dos países, a Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) criou a "Declaração
Universal sobre a Diversidade Cultural". - A Declaração da UNESCO sobre
Diversidade Cultural reconhece as múltiplas culturas como uma "herança
comum da humanidade", e é considerada o primeiro instrumento que promove e
protege a diversidade cultural e o diálogo intercultural entre as nações.
3.
TURISMO E DIVERSIDADE CULTURAL: que relação?
Análise
de parte de um artigo
Resumo:
O presente artigo tem como objetivo abordar a interface entre cultura e
turismo, focalizando as implicações contemporâneas da significação e
experimentação dos lugares. Verifica-se em documentos da Unesco que o turismo
cultural aparece como uma ferramenta na promoção do respeito à diversidade.
Contudo, o aporte teórico indica que, inserido em uma lógica econômica, o
turismo é acompanhado pelo desejo de monopólio, objetivo este alcançado muitas
vezes através da singularização de atrativos culturais. Essa singularização,
por vezes, reduz as diversas identidades e significações dos lugares. Com isso,
cria-se um texto sobre o local que não abarca aspectos da vida cotidiana, ou
seja, o contexto local. Essas premissas são verificadas nas falas dos guias de
turismo que tentam adequar suas falas ao que o turista espera em seu consumo do
espaço.
Palavras-chave: diversidade
cultura, turismo, vida cotidiana, discurso.
A Unesco e a
diversidade cultural.
A discussão sobre a importância da diversidade cultural no cenário
mundial contemporâneo nasce em torno da preocupação com a produção e circulação
de bens e serviços culturais diante do processo de globalização. A princípio,
evitar a temida homogeneização e massificação da cultura devido a este processo
foi a principal pauta a ser debatida. Como observa Kauark (2008), o conceito de
diversidade cultural surge no relatório Nossa Diversidade Criadora, onde o
direito à expressão cultural aparece como condição para que os direitos da
Declaração dos Direitos dos Homens sejam exercidos de modo pleno. Além da
tolerância e democracia, as condições necessárias para a promoção da
diversidade incluiriam também o intercâmbio entre culturas, já que este promoveria
a compreensão mútua entre os diferentes grupos.
Este intercâmbio entre culturas é preconizado na Declaração Universal
sobre a Diversidade Cultural quando nesta se defende a ampla difusão da
cultura, a criação de acordos para facilitar a livre circulação de idéias e o
reconhecimento, tanto da diversidade, quanto da unidade do género humano.
No documento, o processo de globalização e as novas tecnologias da
informação são entendidos como um desafio para a diversidade cultural, mas
também, como oportunidades para um diálogo renovador entre culturas e
civilizações. A diversidade cultural é defendida na Declaração como sendo um património
da humanidade, essencial para a sobrevivência do ser humano tanto quanto a
diversidade biológica. Por sua importância, esta diversidade deve ser
reconhecida e consolidada visando o bem estar das gerações presentes e futuras.
Contudo, mesmo sendo a diversidade um dado importante para a humanidade, é
somente através do seu reconhecimento que os governos passam a desenvolver políticas
que garantem a manutenção da capacidade criadora dos diversos grupos e o
intercâmbio entre as culturas. Segundo a Convenção sobre a Diversidade
Cultural, o diálogo entre diferentes culturas deve passar pelo o que a Unesco
chama de interculturalidade. Para a entidade, a "interculturalidade"
refere-se à existência de diversas culturas e suas interaçõeseqüitativas, assim
como à possibilidade de geração de expressões culturais compartilhadas por meio
do diálogo e respeito mútuo (Unesco, p.6, 2005). Na Carta Cultural
Ibero-Americana a Unesco indica o turismo como atividade cujo interesse pelos
bens culturais é crescente, o que implica na adoção de novas ações. Estas ações
devem promover o respeito do turismo pelas expressões culturais tradicionais,
preservando sua autenticidade. Para tal feito, as políticas públicas de cultura
devem incidir na dinâmica do setor de turismo. Contudo, as atuais reflexões
sobre a apropriação dos espaços pela atividade turística levam ao
questionamento do turismo como um fatorrealmente capaz de promover a
interculturalidade de modo satisfatório. Isso devido ao fato de não se ter,
através do turismo, o desenvolvimento económico e intelectual esperado pela
Unesco quando há o intercâmbio ente diferentes culturas. O entendimento da dinâmica
da atividade turística, no que se refere ao trato com a cultura local e seu património,
pode ser a chave para entender as contradições que regem os espaços turísticos
na contemporaneidade.
(………)
Considerações
finais - apontamentos para um turismo cultural.
Se o turismo é uma atividade capaz de promover o encontro entre as
culturas, é preciso também lembrar que este está inserido dentro de uma lógica
mercadológica de oferta e demanda. Verifica-se a apropriação dos bens culturais
pelo turismo visando o apelo pelo singular, raro, exótico. Para se conseguir
este apelo, muitas vezes o espaço em que estes bens são produzidos são
(re)criados, (re)significados como “lugares turísticos”. Pode-se verificar
também que o turismo reforça o contato do lugar com o global não somente pelo
fluxo de pessoas, mas pelo fluxo de informações. Os processos comunicacionais,
entre o lugar turístico e outros lugares, obedecem a certas construções
discursivas que, em forma de informações, inserem uma “marca”, uma identidade ao
lugar. Estas informações, obedecendo a um discurso construído, proporcionam uma
redução da complexidade cotidiana dos lugares. A autonomia dos campos da
ciência, da moralidade e da arte que marca a modernidade, ao ser
institucionalizada, gera profissionais cujos discursos são legitimados pela
autoridade conferida a estes como especialistas. É na especialização que é
afastada a cultura profissional, seja ela cientifica ou artística, da cultura
cotidiana. No caso do turismo, os dizeres sobre o lugar, feitos pelos
especialistas, como os guias, ganham legitimidade, mesmo que descolados da vida
cotidiana local. Como conectar as falas institucionalizadas e as narrativas
locais ainda parece ser um desafio. Nota-se ser de extrema importância que não
somente os textos sobre o lugar sejam ampliados, mas também as próprias
possibilidades de serem produzidos e narrados. Para isso, o poder público deve
promover políticas públicas para que os espaços turísticos passem a ser também
de uso, valor e afeto local. É preciso que os moradores sejam mais do que
atores sociais que somente serão inseridos no universo turístico mediante
determinada função na construção de uma paisagem desejável. Os moradores também
devem ser agentes sociais capazes de gerar, através de novas ações e narrativas
sobre o lugar, a apropriação deste. A interconexão e a interculturalidade".
https://www.anptur.org.br/anais/anais/files/6/92.pdf
9 - Atendimento e comunicação: abordagem geral.
VER
10 - O processo de atendimento:
fases do processo de atendimento.
Cuidados no atendimento presencial e telefónico.
VER
https://www.trabalhosgratuitos.com/Humanas/Marketing/Etapas-do-processo-de-atendimento-ao-cliente-172998.html
https://www.slideshare.net/anakelly73/1-encontro-comunicao-eficaz-no-atendimento16-hs
https://www.slideshare.net/anakelly73/1-encontro-comunicao-eficaz-no-atendimento16-hs
11 - A comunicação entre os vários intervenientes no turismo: a negociação e a gestão de reclamações.
As reclamações são a expressão de insatisfação para com os produtos e serviços de uma organização por parte dos seus clientes e podem ser momentos de tensão que implicam um conflito entre estas duas partes.
Mas, acima de tudo, uma reclamação é uma oportunidade para melhorar os produtos e serviços disponibilizados!
A gestão eficiente do processo de reclamação permite antecipar e resolver a situação eficazmente de forma a minimizar o impacto na sua relação com o cliente.
A última coisa que uma organização quer é perder um cliente!
Com este curso, procuramos assim desenvolver estratégias e ferramentas de gestão da relação com o cliente de uma forma saudável e duradoura, minimizando o impacto negativo de uma reclamação e maximizando o potencial de crescimento que esta nos traz.







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